Morreu hoje Vasco Granja. Por mim não posso esquecer uma parte das tardes da primeira adolescência passadas numa remota aldeia de Trás-os-Montes ouvindo e vendo aqueles desenhos animados vindos do frio (como o espião de Le Carré) mas também da inevitável América. Há quem não apreciasse o estilo e os filmes, mas numa altura e numa zona em que não era muito fácil aceder a outras referências, a rubrica de Granja era uma excelente forma de dar asas à imaginação e a outras formas de refúgio do pensamento. Eu gostava; e gosto principalmente de agora recordar esses tempos imemoriais de inocência e despreocupação. Havia as brincadeiras e descobertas típicas da aldeia, mas os filmes e os programas de Granja eram uma espécie de aventura para lá da realidade telúrica (e não são para aqui chamadas ideologias). Não esquecer também a sua participação na revista Tintin, outra referência da banda-desenhada nacional. Obrigado Vasco, so long!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
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