terça-feira, 31 de março de 2009

Paixão


J.S. Bach (Matthaus Passion )

domingo, 29 de março de 2009

Dies Domini



«Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.»

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cantigas de escárnio e maldizer


Jacques Brel (Au suivant)

quarta-feira, 25 de março de 2009

soon! later...

Já a Quaresma vai tão alta e eu ainda não arranjei tempo (ou será que o desperdicei?) para cumprir a lista de "boas intenções" - leia-se metanóia - a que me propus com grande fervor e entusiasmo; já assim é há muitos anos (pelo menos não podem dizer que não tenho força de vontade). Recomeçar mais cedo do que tarde (ao contrário da lebre) é a melhor opção! Correr na ponta final é sempre a outra opção em aberto. Só que este tempo não é de "sprinters"; é de corredores de fundo que com calma, perseverança e paciência alcançam a desejada meta gloriosa!

Já assim dizia o velho e sábio profeta Isaías:
«Aqui está o que disse o Senhor Deus, o Santo de Israel: É na conversão e na calma que está a vossa salvação; é no repouso e na confiança que reside a vossa força».
(Is 30,15)

terça-feira, 24 de março de 2009

A História que se repete ou O Mito do Eterno Retorno

Clyde Chestnut Barrow (*24 de Março de 1909)

http://www.youtube.com/watch?v=QKfBJMIANsM

Baile da Paróquia

A antecipar os bailes e arraiais do próximo Verão. Desde Trás-os-Montes, até Santarém e Ericeira, onde o mar é mais azul... E o céu também!

domingo, 22 de março de 2009

Dies Domini (Laetare)













EVANGELHO: Jo 3, 14-21

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou em nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.

sábado, 21 de março de 2009

Poesia


Aos nossos grandes poetas
(AN UNSRE GROSSEN DICHTER)


As margens do Ganges ouviram do Deus da alegria
O triunfo, quando do Indo conquistando tudo
Vinha o jovem Baco, com vinho
Sagrado acordando os povos do sono.

Oh acordai-os, Poetas! Acordai-os do sono também,
Os que inda dormem, dai-nos as leis, dai-nos
A vida, triunfai, Heróis! Só vós
Tendes direito de conquista, como Baco.
Hölderlin, poemas (Relógio d'Água)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Ó vós que comentais, perdei toda a esperança!

Precisamente porque toda a gente comenta ou é especialista em comentar tudo o que o Papa diz (e sobretudo em comentar tudo o que não diz) não tinha intenção de postar nada sobre as suas declarações a propósito de SIDA e preservativos; mas acho que este texto do F. J. Viegas, a propósito das ditas declarações, merece aqui uma "re-publicação":
«Quando o Papa diz seja o que for, a primeira coisa que se perfila é um vasto pelotão de flibusteiros e engraçadinhos que não ouve o que o Papa diz mas comenta o que gostaria que ele tivesse dito. Qualquer cronista avançado e com gosto pela heresia (que é hoje muito fácil e bem remunerada) diz duas alarvidades a jeito.
O mais preocupante é ver a insuspeita quantidade de especialistas em teologia e história eclesial que logo se ergue nas rádios e nos jornais, como se fossem católicos de ir à missa e se importassem muito com os pobres que morrem de sida. O ideal, para estes cavalheiros, seria um Papa que defendesse o aborto, o sexo com animais e a distribuição de preservativos nas escolas. Isso sim, seria moderno, fracturante e capaz de chamar fiéis. Fiéis – não se sabe a quê.»

terça-feira, 17 de março de 2009

Pensamentos para a Quaresma


«O abade PASTOR dizia: Sejam quais forem os teus sofrimentos, a vitória sobre eles está no silêncio».
*

«DIZIA UM ANCIÃO: «Come apenas quando sentires fome; não te deites antes de teres sono e não fales se não te dirigirem a palavra».
*

«DISSE O ABADE Pastor: O mal nunca acabou com o mal. Se alguém praticar contra ti algo de mau, pratica tu o bem, de modo a destruíres a sua maldade com a tua boa acção».
In Ditos e Feitos dos Padres do Deserto (Assírio e Alvim).

"Discriminação positiva", diz ela!


De qualquer forma, discriminação é sempre discriminação. Além disso não percebo como é que estas "experiências" se coadunam com os louvores inflamados à chamada "escola inclusiva". Ou será que há "inclusividades" que são exclusivas e vice-versa? E o papá Albino assobia para o lado e não diz nada? Deve andar muito ocupado a preparar as escolas para receberem convivas para assar o cabrito no S. João. Condomínios (contentores) fechados não é com ele!
Nota: Na imagem, ilustração do livro para crianças O cogumelo Venenoso, publicado em 1938. Mostra a expulsão dos judeus da sua antiga escola, deixada apenas aos "arianos puros". Entre outras coisas, o livro explica que "assim como é difícil distinguir os cogumelos venenosos dos comestíveis, também é muito difícil ver que os judeus são velhacos e delinquentes. Do livro Contai aos vossos filhos... , Um livro sobre o Holocausto na Europa, 1933-1945, Gótica, Lisboa 2000.

Adenda: A publicação e escolha da imagem não pretende estabelecer um paralelo tirado a papel químico entre as duas situações, até por respeito às vítimas do nazismo (ciganos incluídos); mas o "Sitz im Leben" é familiar.

"Obstinação terapêutica", dizem eles!





É impressão minha ou esta gente tem uma especial predilecção pela secção de necrologia?

Ou será que já estão mortos mas ainda não sabem?
Será só necrolatria?

Perfectórios mesmo são os eufemismos fracturantes e a agenda pseudo-política: aqui.

domingo, 15 de março de 2009

Fiat Lux

Imagem: Visão - assinantes (nº 836)

Ainda que com uma digitalização sofrível, na imagem (clicar para a aumentar) podemos observar as regiões da Terra que mais electricidade consomem. Escusado será dizer que são, também, as que mais consomem todas as coisas que temos como (naturalmente) adquiridas: água, alimentos, combustíveis, tecnologia, etc, etc... É caso para perguntar, como Cícero: "Quousque tandem, Catilina, abutere patientia nostra"?

Dies Domini

Imagem: R. Stannard, A curiosa história de Deus, ed. 70.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Vos estis sal terrae!




«Parece sempre que já atingimos o cúmulo, mas há sempre outro cúmulo ao virar da esquina. Que se seguirá ao pão? Se calhar, usarmos uma colher para cortá-lo, já que as facas podem ser perigosas.»

M.E.C. (Público - assinantes)

Vos estis (1/4) sal terrae - Esta gente até os evangelhos era capaz de alterar e regulamentar! Chiça!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Pequenos milagres do dia-a-dia!



Un irlandais, en rentrant chez lui d'un pèlerinage à Lourdes, est fouillé à la douane.
«- C'est quoi, cette bouteille? lui demande le douanier.
- De l'eau de Lourdes, répond l'irlandais.
- Mais c'est du cognac! lui dit le douanier soupçonneux après vérification.
- Un miracle! s'écrie l'irlandais, ô merci, Vierge Marie!»

quarta-feira, 11 de março de 2009

Teologia do sofrimento II

«Ainsi, dans l'histoire de l'iconographie chrétienne, il est frappant de constater que, jusqu'au XII, le Christ n'est que très rarement représenté mort sur la croiz: soit la croix est vide, soit le Christ est représenté ressuscité, glorieux. Sur les vitraux des cathédrales, par exemple à Chartres, la croix est en trois couleurs: rouge du sang versé, vert de l'arbre de vie, or de la gloire. Dans le choeur des églises anciennes, la représentation centrale est celle d'un Christ en gloire, partie prenante de la création (Pantocrator) - ou piétinant les portes de l'enfer pour en tirer l'homme et la femme et remonter avec eux vers la vie, selon l'une des représentations symboliques de ce que la tradition évangélique appelle «la réssurrection». L'allusion à la souffrance est bien présente, mais comme quelque chose qui débouche sur une vie nouvelle. La souffrance est traversée. Cette souffrance, en tout cas, n'est pas conçue comme le lieu où l'on demeure, mais comme le lieu d'un déplacement. Celle qui est présente dans la vie de tout homme est-elle susceptible d'être traversée elle aussi? La question se pose de savoir si un tel «passage» existe vraiment: dans ce tunnel obscur, une trace peut-elle mener vers autre chose? Je me propose de revenir aux textes fondamentaux, pour voir quelle théologie ils nous proposent en ce domaine. Plutôt de remonter vers une source qui a besoin d'être désensablée. Je laisse à d'autres le soin de montrer dans quelles circonstances historiques la période baroque a modifié la donne en installant au coeur des églises et de la spiritualité chrétienne un Christ ensanglanté et mort, objet de toutes les dévotions et jouissances morbides.

Signification théologique


Poser la question de la signification théologique de la souffrance du Christ, c'est se demander comment est perçue l'implication de Dieu dans cette souffrance, Qu'est -ce qui se dévoile comme rapport entre la souffrance, la mort du Christ - et Dieu lui-même? Dès le début, les écrits du Nouveau Testament soulignent que Dieu (le Père) est celui qui est présent à la croix, présent à cette souffrance, présent à cette mort. Saint Paul a une parole étonnante: «Dieu était là, se réconciliant le monde» (II Corinthiens 5, 19). Très loin de l'imagination perverse qui voit le Père laver son honneur dans le sang de son fils, ce qui est au coeur de la première théologie chrétienne, c'est cette manière dont, dans la croix du Christ, est donné aux hommes une trace de l'identité véritable de Dieu: non pas un Dieu «au dessus», lointain, ou «en face», mais un Dieu proche, même s'il reste caché. Cette intuition, présente dans les écrits de Saint Paul figure aussi en filigrane dans l'Évangile de Jean, où Jésus a cette parole: «Qui me voit voit le Père» (Jean 14, 9). Elle se trouve aujourd'hui de plus en plus fortement soulignée par les théologiens: en cet homme Jésus, c'est Dieu qui se livre sur la croix et qui assume cette mort.»
Jean-Claude THOMAS, "La souffrance du Christ: aperçus théologiques", in la célibataire (Revue de Psychanalise) nº. 16, PRINTEMPS-ÉTÉ 2008.

terça-feira, 10 de março de 2009

Amendoeiras em Flor

Algumas fotos tiradas em Trás-os-Montes durante as mini-férias de Carnaval
(nem sempre há tempo para publicação em tempo real)






domingo, 8 de março de 2009

Mulher


«Dieu créa la femme... Il a fallu six jours de travail incessant au Créateur pour «faire» la femme. Un ange est apparu et lui a dit: «Porquoi passez-vous tant de temps sur ceci?»

Et le Créateur lui a répondu: «As-tu vu la feuille de travail pour ce projet-ci? C'est complètement lavable, avec 200 parties mobiles et toutes remplaçables, ça fonctionne au café noir et aux restes, ça comporte une cuisse pouvant supporter trois enfants à la fois, ça possède un baiser qui peut tout guérir, d'un genou éraflé à un coeur brisé, et ça a six paires de mains.»

L'ange était abasourdi des exigences de ce modèle:«Six paires de mains! Ben voyons donc! Et ce n'est que le modèle standard?» demanda-t-il au Créateur. Il tenta d'arrêter le Créateur en lui disant:«C'est beaucoup trop de travail pour une seule journée. Attendez donc demain pour terminer.»

- Mais je ne peux pas! Répondit le Créateur. Je suis tellement pressé d'avoir terminé ce que je chéris tant. Imagine, ça se guérit déjà tout seul quand c'est malade et peut quand même travailler des journées de dix-huit heures!»

L'ange s'approcha et toucha la création en disant:«Mais vous l'avez faite tellement douce!»

Le Créateur approuva:«En effet, elle est douce mais elle est aussi solide. Tu n'as aucune idée de tout ce q'elle peut endurer et accomplir!

- Va-t-elle pouvoir penser?

- Non seulement elle pourra penser mais elle pourra également raisonner et négocier.»

L'ange remarqua quelque chose, s'approcha du modèle de femme et toucha sa joue.
«Oups, il semble que votre modèle ait une fuite! Je vous avais dit aussi que vous en faisiez trop!

- Ce n'est pas une fuite, c'est une larme, objecta le Céateur.

- Et à quoi servent les larmes?»

Le Créateur lui expliqua:«Les larmes sont la façon de la femme d'exprimer sa joie, sa peine, sa douleur, ses déceptions, sa solitude, sa compassion et sa fierté.»

L'ange était impressionné:«Mais vous êtes un génie! Vous avez pensé à tout pour que la femme soit vraiment un être exceptionnel!»

Les femmes ont assez de force pour étonner les hommes.

Elles peuvent soutenir des entreprises et des conflits mais elles détiennent la joie, l'amour et le bonheur. Elles sourient quand elles voudraient crier. Elles chantent quand elles voudraient pleurer. Elles pleurent quand elles sont contentes et rient quand elles sont nerveuses. Elles se battent pour les causes en lesquelles elles croient et contre l'injustice. Elles n'acceptent pas un «non» comme réponse quand elles savent qu'il existe une meilleure solution. Elles se privent pour que leur famille n'ait pas à le faire. Elles accompagnent un(e) ami(e) en souci chez le médecin. Elles aiment inconditionnellement. Elles sont heureuses d'apprendre un accouchement ou un mariage. Leurs coeurs se brisent quand un(e) ami(e) décède. Elles sont défaites à la perte d'un membre de leur famille mais demeurent fortes même quand elles pensent qu'elles ne le pourront plus. Elles savent qu'un câlin et un baiser peuvent guérir un chagrin d'enfant.

Les femmes sont de toute taille, de toute couleur et de toute forme. Elles conduisent des voitures et des avions, marchent, courent, vous envoient de courriels pour vous rappeler qu'elles vous aiment. Le coeur des femmes est ce qui fait tourner le monde! Elles vous apportent de la joie et de l'espoir. Elles vous donnent de la compassion et des idéaux. Elles offrent un support moral à leurs familles et ami(es).
Les femmes ont beaucoup à dire et à offrir.»

***
Dedicado a todas as mulheres
e em especial à minha Joaninha que hoje faz seis aninhos! Parabéns!!!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Memento...

... Ou pensavam que o jejum e a abstinência já tinham acabado?!
Ainda a procissão vai no adro!
É preciso não habituar mal o corpo...
Desobriga oblige!
Imagem daqui

quinta-feira, 5 de março de 2009

Pio XII e os judeus


Descoberto documento que indica que Pio XII ajudou judeus

Lista com 24 nomes, datado de 1943, estava na posse de religiosas italianas.

O Papa Pio XII deu ordem, durante a II Guerra Mundial, para proteger os judeus. A informação foi dada pelo Pe. Peter Gumpel, relator da causa de beatificação, que cita um documento recentemente descoberto.
“O Papa quer salvar o seu filho, incluindo os judeus, e ordenou que os mosteiros ofereçam hospitalidade aos perseguidos”, afirma o documento, tornado público pela Rádio Vaticano.
Segundo o Pe. Gumpel, o documento, datado de Novembro de 1943, encontrava-se no Memorial das Religiosas Agostinianas do Mosteiro dos Santíssimos Quatro Coroados, em Roma.
O documento indica uma lista dos nomes de 24 pessoas que foram trazidas para junto das freiras de acordo com o desejo de Pio XII.
Morto há 50 anos, Pio XII tem sido alvo de alguma controvérsia sobre a sua atitude considerada demasiado passiva e silêncio sobre o Holocausto. Os opositores à sua beatificação, cujo processo começou em Outubro de 1967, estende-se não apenas a representantes da comunidade judaica, mas também à Igreja Católica, onde muitos preferem o seu sucessor imediato João XXIII.
O Pe. Gumpel sublinha a importância do documento, dada a raridade dos testemunhos escritos sobre as atitudes do Papa em relação aos judeus, “facto que ofereceu oportunidade para alguns atacarem Pio XII, afirmando que não existe qualquer documento comprovativo de que o Papa tem ajudado judeus”.
“O resgate iniciado pelo Papa em favor dos judeus foi realizado através de mensageiros pessoais, sacerdotes que foram enviados a várias instituições e lares católicos aqui em Roma, universidades, seminários, paróquias ou conventos de freiras”, explicou o Pe. Gumpel.
As autoridades israelitas e grupos judeus assinalam que, enquanto os arquivos do Vaticano sobre o papado do Pio XII permanecerem fechados aos investigadores, a questão sobre o que o Papa fez para salvar judeus permanece por resolver.
O ano passado, o Bento XVI, num tributo a Pio XII, insistiu que o falecido pontífice tinha trabalhado discretamente nos bastidores para salvar todos os judeus que fosse possível e manifestou esperança de o processo para a sua santificação avançar.
O Pe. Gumpel espera que esta nova prova possa acelerar o processo de beatificação de Papa Pacelli. "Esperamos a assinatura do decreto por parte de Bento XVI".

Quo usque tandem...

Imagem escandalosamente desviada daqui.

terça-feira, 3 de março de 2009

Teologia do sofrimento

«Il faut reconnaître que la compréhension de la souffrance du Christ a été le lieu d'extraordinaires contradictions. Contradiction entre ceux qui y ont vu le sacrifice nécessaire offert à Dieu en compensation des offenses humaines - et ceux qui y ont vu le signe majeur de la «compassion» de Dieu envers l'humanité. D'un côté un Dieu juge demandant réparation et sacrifice, au sens d'autodestruction, pour pouvoir «pardonner» aux hommes. De l'autre un Dieu Père qui vient partager en son fils le destin des plus opprimés. La confusion est parfois telle que certains ne voient pas clairement en quoi ces deux conceptions sont opposées et incompatibles. Cette confusion a eu des conséquences très lourdes pour des millions d'hommes et de femmes au fil des siècles. Car comprendre la souffrance du Christ comme sacrifice d'expiation offert à Dieu, c'est valoriser la jouissance archaïque du spectacle de la souffrance. La conséquence en est souvent de se sentir invité à souffrir soi-même, à joindre ses souffrances aux siennes pour sauver l'humanité. Une telle compréhension entraîne des dommages psychologiques et affectifs graves. Or cette façon de comprendre est une aberration théologique. Car ce Dieu-là, s'il est celui des religions archaïques , n'est en rien celui du Nouveau Testament. Il s'agit plutôt de l'image, difficile à déraciner, qui traîne dans l'imaginaire de beaucoup depuis la nuit des temps. Elle a fort peu à voir avec le Père dont parle Jésus. Les théologiens aujourd'hui, s'efforcent de clarifier au maximum ce point, en étant conscients que cette vision confuse a eu une grande part de responsabilité dans la distance prise par beaucoup vis-à-vis de la religion chrétienne. Dire cela n'est pas méconnaître que, dans le christianisme, la souffrance a une place essentielle. Une place telle qu'elle n'a pas d'équivalent, ni dans la philosophie, ni dans les autres religions. Une place évidente dans les Écritures, dans la théologie, la spiritualité et dans l'iconographie. La souffrance occupe-t-elle pour autant la place centrale, comme beaucoup le pensent?»
Jean Claude THOMAS, "La souffrance du Christ: aperçus théologiques", in la célibataire (Revue de Psychanalyse) nº. 16, PRINTEMPS-ÉTÉ 2008.