A propósito da morte de Michael Jackson, deixo uma história retirada do livro de Onésimo T. Almeida, Viagens na minha era, e que reflecte um pouco da história de luzes e sombras dessa estrela incontornável da música pop, goste-se ou não:
«O Jeffrey entretinha-se a saltitar canais na TV num domingo de manhã e demorou-se um pouco a ouvir um desses pregadores inflamados (que eu mantenho selados dentro da caixa do televisor enquanto leio The New York Times). Era um negro a galvanizar a sua congregação, como só eles sabem fazer:
_ My brothers and sisters... (e traduzo o resto) Deus não é homem!...
Em coro, a assembleia:
_ Yééééé!... Aleluia!...
O preacher:
_ Mas Deus, my brothers and sisters, também não é mulher!...
Mais aleluias e yééééés entusiasmados. De novo o pregador:
_ Deus, my brothers and sisters, não é branco!...
Redobra de intensidade a assembleia em aprovação, para ouvir logo de seguida outra tirada do clérigo:
_ Mas Deus, my brothers and sisters, também não é negro!...
E enquanto os aleluias retiniam na sala, o Jeffrey comentava para o pai:
_ Já sei! Deus é o MICHAEL JACKSON!»
O. T. A., Viagens na minha era, C. L., pág. 37.
Paz à sua alma.
1 comentário:
Poderias ter encomendado a tradução à Madame conchita para a linguagem não ser macarrónica!...
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